Comissão de segurança do consumidor americana põe em xeque a segurança do acessório e alerta acaba em recall de dois modelos vendidos em grandes redes da América do Norte
O sling, em alta nos últimos anos, é uma opção que facilita a vida da mãe, proporciona contato físico com o filho - podendo até acalmá-lo - e , até agora, era considerado seguro para crianças de 0 a 4 anos. Feito a partir da simples fórmula que combina uma faixa de tecido que se ajusta ao corpo do adulto por meio de duas argolas, essa espécie de “canguru” possibilita à criança permanecer em diversas posições e aos pais, braços e mãos livres. Mas a segurança do produto foi colocada em xeque. Esta semana, a U.S. Consumer Product Safety Commission (CPSC), uma comissão americana especializada em segurança de produtos, obrigou a empresa Infantino a chamar dois modelos para recall nos Estados Unidos e no Canadá: o SlingRider e o Wendy Bellissimo, chamados estilos baby bags. Eles não são comercializados em lojas no Brasil. Na semana passada, essa mesma comissão já tinha divulgado um alerta que explicava a importância correta utilização do sling – independente do modelo utilizado - e de ser usado a partir de quatro meses do bebê.
A CPSC afirma que, no último ano, cerca de três bebês, todos abaixo dos quatro meses de vida, tiveram a morte associada ao modo ao qual foram carregados dentro do sling. Com esses dados, a comissão contabiliza 14 mortes nos últimos 20 anos. Isso deixa claro que os casos são raros, mas que é preciso ter cuidado. Para garantir a segurança de mães e filhos, eles recomendam então que o acessório seja usado a partir dos quatro meses de idade, ou, caso os pais desejem utilizar o produto antes deste período, atentem para que o cuidado seja redobrado. Outra dica é que você sempre possa ver a cabeça e o rosto de seu bebê.
De acordo com Alessandro Danesi, pediatra do Hospital Sírio Libanês (SP), não existem estudos específicos a respeito do uso e dos possíveis riscos que o sling oferece. “Costumo recomendar o uso do sling depois dos primeiros três meses porque aó o tônus muscular do pescoço já está melhor. Bebês fixam cabeça e pernas ao redor dos três meses de idade”, afirma. É exatamente esse o argumento usado pela comissão, que atribui as mortes por sufocamento pela dificuldade de crianças muito pequenas em manter o controle do pescoço quando inclinam a cabeça para baixo, dentro do sling, e pela falta de atenção dos pais que as carregavam. A CPSC também não recomenda o uso para crianças que estejam doentes, fracas, abaixo do peso ou que tenham algum tipo de limitação física.
A Infantino, através do seu site, reforça que o alerta havia sido dado para todos os tipos de carregadores sling, e aceita o novo comunicado, pedindo o recall de dois de seus modelos. Eles prometem a troca imediata dos produtos vendidos oficialmente nos Estados Unidos e Canadá. “A Infantino tem trabalhado juntamente com a CPSC e outras agências internacionais para desenvolver padrões de segurança para os slings, assegurando que estes produtos são seguros e que possam ser usados de forma segura também. Continuaremos a cooperar com a CPSC para que todos os tipos de slings sejam investigados”, declaram. Se você adquiriu esse produto por um site, entre em contato com o importador.
Apesar de serem todos chamados de sling, existem algumas variações de modelos, cada um exigindo dos pais uma atenção especial.
Slings com anéis, que são ajustáveis de acordo com o corpo da pessoa que está carregando o bebê, são considerados mais seguros por alguns, mas exigem que sejam de uma marca de confiança. O peso do bebê estará todo apoiado no tecido e, principalmente, na argola que sustenta e amarra esse tecido, então é recomendado que não sejam feitos em casa, e com materiais 100% seguros.
Com os chamados baby bags, que lembram uma cesta, e que são, justamente os modelos pedidos no recall, é necessário atenção redobrada com a ventilação do bebê, pois seu rosto pode acabar encoberto, afinal, ele não é tão anatômico quando o anterior.
Existem slings feitos sob medida que são feitos de pano, porém não levam a argola. Além de assegurar que ele foi feito por uma empresa responsável e de confiança, lembre-se de checar as costuras e nunca se esqueça de que o sling, qualquer que seja o modelo, nunca deve ficar abaixo ou até mesmo na linha do quadril.
Fonte: site Crescer
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