Super-heróis são maus modelos, diz psicóloga
Durante a 118ª Convenção Anual da Associação Americana de Psicologia, palestrante alega que os Super-Heróis modernos fazem mal à construção da personalidade dos jovens.
Segundo a Dra. Sharon Lamb, professora emérita da Universidade de Massachusetts-Boston, a imagem de super-heróis batendo em vilões pode não ser boa se a sociedade quiser promover comportamentos masculinos mais gentis e menos estereotipados.
Em comunicado divulgado pela entidade, ela afirmou existir uma grande diferença entre os heróis dos filmes de hoje e os dos quadrinhos do passado. Em suas próprias palavras, “os heróis de hoje participam de ações ininterruptas de violência”. Esses personagens seriam agressivos, sarcásticos e raramente demonstrariam a virtude de fazer o bem à humanidade. Sharon diz ainda que, despidos de seus trajes de heróis, estes homens são péssimos exemplos: exploram as mulheres e mostram sua masculinidade com armas poderosas.
Para a psicóloga, o exemplo típico desse novo Super-Herói moderno é o Ironman, ou Homem-de-Ferro.

Para ela, a solução seria ensinar os jovens a se distanciarem dessas imagens e encorajá-los a achar as “mentiras” nelas.
Outros estudos mostram que o interesse que meninos entre 4 e 8 anos têm por super-heróis é determinado por sua necessidade natural de maior poder e controle, nesta fase da vida em que ganha certa autonomia. Seria uma forma de aprender a lidar com esta autonomia, garantindo a auto-sobrevivência. Esta está longe de ser uma questão simples.
Fonte: Arnaldo Rabelo
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